ISBN-10: 8580414326
Ano: 2015
Páginas: 256
Editora: Arqueiro
Classificação:
Página do livro no Skoob
Minha terceira experiência com a escrita de Tropper não foi das melhores. Há meses insisto nessa leitura por me recusar a abandoná-la, mas, infelizmente, tanto esforço não valeu a pena. Com um desfecho duvidoso e uma dose exagerada de drama, a história contada aqui não me divertiu. Pelo contrário, foi extremamente cansativa. Comprovou, sim, que o autor é um expert na mente masculina que consegue desfilar por qualquer situação com maestria cômica, mas me decepcionou por não manter o mesmo equilíbrio dos livros anteriores a esse, pelo menos em minha ordem de contato, que foram Sete Dias sem Fim e Tudo Pode Mudar.
Silver está beirando os 50 anos e há tempos não goza de uma vida tranquila e feliz. Todos os seus planos de prosperidade deram errado e hoje ele mora numa espécie de condomínio onde homens solitários que se perderam no caminho fingem passar as férias quando na verdade moram ali sem expectativa de check-out. Ele já fez parte de uma banda extremamente famosa, mas que se desintegrou quando o vocalista decidiu seguir carreira solo. Nosso protagonista hoje vive das migalhas que recebe pelos direitos autorais da primeira e única música do grupo que fez sucesso. Isso tudo foi uma década atrás.
Como é de se esperar, isso avaliando o histórico de personagens do autor aqui em questão, Silver não só remoe diariamente o insucesso de sua carreira como rock star, como também enfrenta sérios problemas familiares e de saúde. Ele acaba de ter um derrame causado por uma doença grave que exige uma cirurgia talvez complicada e seu médico é nada mais, nada menos que o namorado-noivo de sua ex-mulher, mãe de sua filha Casey, que, por acaso, está grávida e contou apenas para o pai a descoberta. Pegou o ritmo da coisa? É dessa forma maluca que tudo acontece na trama.
Casey nunca teve um bom relacionamento com Silver. Ausente, distante e irresponsável. Silver como pai é tão insignificante como ele sendo músico em tempos atuais. Os dois se aproximam por causa da súbita doença que ameaça levá-lo daqui e com a maternidade adolescente que veio com um bônus emocionante: Casey não sabe quem é o pai da criança. É engraçado e absurdo ao mesmo tempo.
Antes de Partir Desta pra uma Melhor é uma história sobre família. Silver descobre maturidade e caráter com o novo namorado da mulher que um dia foi o grande amor da sua vida. Esse relacionamento a três apresenta grandes reviravoltas e os diálogos mais interessantes do enredo. Silver se recusa a fazer a cirurgia e todos ao seu redor assumem a missão de mudar a sua cabeça. É a única chance dele sobreviver, mas, aparentemente, ele não possui motivos fortes o suficiente para seguir em frente. Essa falta de perspectiva é o que pesa mais.
O que deveria ser um livro cômico sobre alguém que perdeu as esperanças, transforma-se em uma história sobre um homem que não se importa com ninguém, nem ele mesmo. Em pouco mais de 250 páginas acompanhamos Silver agir como um idiota e não chegar a lugar algum. O leitor adentra em memórias, reflexões e particularidades que pouco fazem efeito nele. Mas fazem efeito na gente. Cansam. Parecem não merecer ser contadas e ao desfecho de tudo a certeza é de que eu poderia ter pulado vários capítulos e entender o final sem perca alguma. Não senti empatia por nenhum dos personagens.
Se indico? Recomendo que você leia outras resenhas ou até faça um teste lendo as primeiras 30 páginas. O ritmo delas é o mesmo das 220 seguintes. O que recomendo, de verdade, são os outros dois livros do Tropper que citei no início desta resenha.
Editora: Arqueiro
Classificação:
Página do livro no Skoob
Não é preciso ser nenhum gênio para perceber que a vida de Drew Silver é uma sequência de decisões equivocadas. Faz quase uma década que sua banda de rock emplacou uma música, filha única de mãe solteira. Desde então, a banda se separou, sua mulher o largou e Silver tem assistido a vida passar, tocando em casamentos – quando aparece algum – e descontando os cheques cada vez menos frequentes que recebe pelos direitos autorais de seu único sucesso. Silver então descobre que a ex-mulher está prestes a se casar de novo e que a filha adolescente, Casey, está grávida. Para completar, depois de sofrer um derrame que o deixa incapaz de controlar a língua e guardar para si o que pensa, ele precisa de uma cirurgia no coração. Diante desse cenário, o músico fracassado depara com a pergunta decisiva: será que vale a pena salvar uma vida tão mal vivida?Resenha:
Minha terceira experiência com a escrita de Tropper não foi das melhores. Há meses insisto nessa leitura por me recusar a abandoná-la, mas, infelizmente, tanto esforço não valeu a pena. Com um desfecho duvidoso e uma dose exagerada de drama, a história contada aqui não me divertiu. Pelo contrário, foi extremamente cansativa. Comprovou, sim, que o autor é um expert na mente masculina que consegue desfilar por qualquer situação com maestria cômica, mas me decepcionou por não manter o mesmo equilíbrio dos livros anteriores a esse, pelo menos em minha ordem de contato, que foram Sete Dias sem Fim e Tudo Pode Mudar.
Silver está beirando os 50 anos e há tempos não goza de uma vida tranquila e feliz. Todos os seus planos de prosperidade deram errado e hoje ele mora numa espécie de condomínio onde homens solitários que se perderam no caminho fingem passar as férias quando na verdade moram ali sem expectativa de check-out. Ele já fez parte de uma banda extremamente famosa, mas que se desintegrou quando o vocalista decidiu seguir carreira solo. Nosso protagonista hoje vive das migalhas que recebe pelos direitos autorais da primeira e única música do grupo que fez sucesso. Isso tudo foi uma década atrás.
Como é de se esperar, isso avaliando o histórico de personagens do autor aqui em questão, Silver não só remoe diariamente o insucesso de sua carreira como rock star, como também enfrenta sérios problemas familiares e de saúde. Ele acaba de ter um derrame causado por uma doença grave que exige uma cirurgia talvez complicada e seu médico é nada mais, nada menos que o namorado-noivo de sua ex-mulher, mãe de sua filha Casey, que, por acaso, está grávida e contou apenas para o pai a descoberta. Pegou o ritmo da coisa? É dessa forma maluca que tudo acontece na trama.
Casey nunca teve um bom relacionamento com Silver. Ausente, distante e irresponsável. Silver como pai é tão insignificante como ele sendo músico em tempos atuais. Os dois se aproximam por causa da súbita doença que ameaça levá-lo daqui e com a maternidade adolescente que veio com um bônus emocionante: Casey não sabe quem é o pai da criança. É engraçado e absurdo ao mesmo tempo.
Antes de Partir Desta pra uma Melhor é uma história sobre família. Silver descobre maturidade e caráter com o novo namorado da mulher que um dia foi o grande amor da sua vida. Esse relacionamento a três apresenta grandes reviravoltas e os diálogos mais interessantes do enredo. Silver se recusa a fazer a cirurgia e todos ao seu redor assumem a missão de mudar a sua cabeça. É a única chance dele sobreviver, mas, aparentemente, ele não possui motivos fortes o suficiente para seguir em frente. Essa falta de perspectiva é o que pesa mais.
O que deveria ser um livro cômico sobre alguém que perdeu as esperanças, transforma-se em uma história sobre um homem que não se importa com ninguém, nem ele mesmo. Em pouco mais de 250 páginas acompanhamos Silver agir como um idiota e não chegar a lugar algum. O leitor adentra em memórias, reflexões e particularidades que pouco fazem efeito nele. Mas fazem efeito na gente. Cansam. Parecem não merecer ser contadas e ao desfecho de tudo a certeza é de que eu poderia ter pulado vários capítulos e entender o final sem perca alguma. Não senti empatia por nenhum dos personagens.
Se indico? Recomendo que você leia outras resenhas ou até faça um teste lendo as primeiras 30 páginas. O ritmo delas é o mesmo das 220 seguintes. O que recomendo, de verdade, são os outros dois livros do Tropper que citei no início desta resenha.
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